Quinta-feira, 26 de Julho de 2007

Amanhã é a inauguração da primeira ilha vizinha da
Universidade de Aveiro!
Mais notícias sobre este projecto podem ser consultadas
aqui e
aqui.
Podem seguir o lançamento do projecto dentro do
Second Life. Estamos a contar (mas já sabem como estas coisas por vezes pregam algumas partidas...) conseguir difundir a sessão de apresentação através de streaming de vídeo, directamente para a sala 1 do e-Justice Centre e, se se justificar, também para a ilha da UA.
Do que leram o que acham das pertinência do projecto? Das vossas experiências no SL já passaram por situações que possam justificar a abertura de um processo neste Centro de Arbitragem virtual?
Portuguese Ministry of Justice launches mediation and arbitration centre in Second Life
Press release
In a ceremony to be held in the Senate Room of the University of Aveiro, the Portuguese Ministry of Justice, in cooperation with the University of Aveiro and the Faculty of Law of the Lisbon New University, will today launch an ‘e-Just...
com direito a entrevista no telejornal da RTP1 e tudo!
;) sim Senhor!...
Estive à espera até às 13h30, frente ao televisor... e nada :(
Vou ver se colocam no site da RTP. Bom trabalho, rapazes :P
Pelo que entendi da reportagem e das notícias do Sol e do UaOnline, o e-justice center será um centro de mediação para avatars. Resolvendo problemas entre avatars, problemas do SL e não uma espécie de Simplex para a realidade (uma forma aliviar a justiça), certo?
Não quero ser demasiado crítica, até porque o Center está lindíssimo e o conceito é demasiado interessante para ser ignorado. Mas... os avatars não têm personalidade jurúdica (creio). Os conflitos que serão - pelo que entendi - resolvidos neste centro não terão a ver com, por ex., negócios efectuados no SL, com compra e venda de propriedades.
Estaremos perante uma espécie de "juiz decide" no mundo virtual?
Como plataforma de treino/simulador para futuros advogados, entendo. Como ponto de consulta on-line para problemas reais, centro de aconselhamento, também. Agora, para resolver problemas entre avatars... fará sentido?
Os Centros de Arbitragem não fazem sentido na vida real? Será que alguns conflitos dentro do SL não podem ser resolvidos através de um processo de mediação ou arbitragem?
*devidamente autorizada, mónica prossegue*
Não é isso.
Claro que um centro de mediação faz sempre sentido. Entendo que eu e a Olga, por exemplo, que tenhamos um problema na RL, recorramos - via mieke e Ocacao - ao SL para, junto de quem sabe de leis, resolver esse problema. Consultar. Receber apoio. Neste sentido, o Center poderá ser a solução ideal, sem termos que recorrer a telefonemas, advogados, etc. E é (será?) mais barato que na RL.
Agora... conflitos no SL? Entre a mieke e a Ocacao? Conflitos que não tenham a ver com transposições da vida real, ou contratos efectuados no SL, mas com problemas das interacções entre avatars?
Desculpe, mas ainda não atribui à mieke a personalidade da Mónica. Se um avatar a empurrar no SL (coisa que detesto) não vou pedir contas ao utilizador que o comanda... Claro que isto é simplificar os problemas que podem surgir no SL (há problemas graves, como colocarem um sandbox na ilha, etc.), mas é esta "vertente" do Center, esse tipo de mediação - se for assim - que ainda não me convence.
Isso e os casamentos no SL :S...
Alguns exemplos que me parecem fazer sentido:
- comprar uma casa e verificar que algumas funcionalidades previstas não funcionam,
- alugar um terreno e por algum tipo de conflito com o respectivo dono perder-se o acesso ao mesmo e a todo os conteúdos que entretanto tínhamos colocado nesse espaço,
- comprar um vestido supostamente flexível mas que afinal não funcionam como anunciado,
- ...
Não quero monopolizar a discussão, mas encontrei num blog as questões que eu própria coloco acerca do Center (
http://blog.felisberto.net/2007/07/27/e-justice-center-mediar-conflitos-entre-avatares-no-second-life/), entre as quais destaco as seguintes:
"Se a “outra parte” não aceitar, o que acontece? É como se não tivesse havido um pedido ao centro ou fica registado que o “outro” avatar não aceitou resolver a questão via e-justice center?" e "E se não aceitar? Fica tudo na mesma? Ou o avatar que não aceitou vê o seu nome na lista dos processos? E com que direito o centro poderá fazer isso?"
É nisto que tenho reservas, ou dúvidas (não críticas). Enquanto avatar, sou obrigada a respoder a uma intimação feita por outro avatar? Caso não responda, apenas passo a fazer parte da lista negra do Center? Uma vez que não me poderão bloquear, ou que se o fizerem posso sempre abrir nova conta, com novo nome...
Como "plataforma" de treino, penso eu, fará todo o sentido. Como mediador entre utilizadores, uma espécie de terceira opinião, também. Mais que isto - tentar aplicar a justiça do real no mundo virtual - já me parece um pouco estranho.
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